terça-feira, agosto 07, 2012

De onde estão vindos os milhões que estão movimentando as campanhas eleitorais em Campos?

Os cinco candidatos a prefeito declararam que juntos pretendem gastar “oficialmente” R$ 11 milhões.

Deixando de lado aqueles números estratosféricos de previsão de gastos dos candidatos dos partidos coligados com Rosinha, podemos pensar em outras contas.

Se somarmos o valor das previsões dos candidatos a prefeito com uma média "estimada" de gasto de R$ 25 mil de campanha eleitoral entre as cerca de 520 candidaturas registradas e deferidas, teremos mais R$ 13 milhões.

Aqui se está fazendo uma média, que é bem inferior ao que eles declararam como possibilidade de gastos e, certamente, bem menos, que os candidatos com reais chances vão gastar, oficialmente ou não, em suas campanhas. Se totalizarmos estes dois valores teremos R$ 24 milhões. 

As perguntas que podem ser feitas diante deste quantitativo que é apenas de 1% do orçamento anual do município e 0,25% do orçamento que o(a) eleito(a) terá durante o seu mandato:
  1. De onde sairá este dinheiro?                                           
  2. Você acredita que os valores que serão utilizados serão apenas estes?
  3. Você vê alguma relação entre isto e os altíssimos valores que se tem nas obras e serviços contratados no município?
  4. Diante da magnitude do orçamento de Campos seria possível imaginar (apenas imaginar) que a arrecadação oficiosa de Campos poderia estar irrigando a campanha em outros municípios fluminenses?
  5. Caso a resposta anterior seja sim, como este dinheiro seria oficializado?
Outras perguntas e possibilidades podem ser feitas seguindo este raciocínio. Arrecadações durante o mandato dos candidatos à reeleição podem ajudar, junto das contas acima, você a compreender melhor o dados e as circuntâncias do julgamento do chamado "mensalão".

Diante disto, o blog deixará para seus inteligentes leitores e colaboradores a reponsabilidade de elaborar outras perguntas e suas primeiras conclusões.

9 comentários:

Anônimo disse...

Poofessor todas as vertentes estão corretas. Obras superfaturadas ( cade 0 viaduto da Arthur Bernardes), estrada do açucar é um tal de bota areia e retira e depois bota saibro e retira e depois po de brita e retira; nos moradores do Imperial vemos isto desde o inicio da obra sem falar nos custos das maquinas e caminhão para este bota e retira,. Se lembrarmos da obra Campos SJB, quando iamos a SJB de manha tinha trexos enormes interditados e na volta a tarde tudo ja estava praticamente pronto recapeado com betume para receber asfalto, mesmo que na obra da Campos x Goytacazes tenha drenagem e esgoto não justifica o preço de 8 milhoes o KM diferente da de SJB em torno de mais de 3 milhoes e por que tanta demora. E um tal de coloca materiais e retira em seguida levando não sei pra onde, e logo em seguido colocam outro tipo de material no lugar para semanas depois ser retirado. Quem é que paga esta farra com materiais recolocados semanas apos semanas. Irrigação de campanha no NF com certeza, so não sei se eles vão colocar tanto em SJB com o candidato indeferido. Haa lembrei cepop, Valão, firma que causou a prisão do prefeito de Presidente Kened trabalhando a vontade pra nossa prefeitura, com aditivos em cima de aditivos, basta ler o DI, Rufolo, Pracinha com preços de parques e um monte de quadras cobertas que não ficam por menos de meio milhão. Realmente dinheiro pra caixa dois é que não falta.Francisco

Anônimo disse...

De onde sai o dinheiro eu não sei. O que sei é que aqui no Far West Jóquei Crubi tem muito nó cego, Zé ruela e Mané como cãodidato amestrado da pré-feitinha. Nunca fizeram nada pelo "bairro" (bairro ?) e agora querem porque querem morder uma graninha lá na câmara.
Ora pro nobilis !

Anônimo disse...

Evidente que o gasto dos partidos vai muito além do declarado oficialmente, assim como o valor do próprio patrimônio declarado pelos candidatos ao TSE.
Uns declaram ter bens equivalentes ao de um trabalhador assalariado, outros declaram nada possuir ao TSE.
É uma piada.

Anônimo disse...

Nunca fui bom em prova, mas como exercício foi passado pelo professor vou "chutar" as respostas. Nenhuma delas tem compromisso com a verdade, são apenas suposições:
1) O dinheiro sairá de onde ele está: da mão das empresas que contratam com a prefeitura.
2) Os valores que serão utilizados podem ser mais ou menos, não importa. O importante é fechar as contas no TRE e para isso precisa de uma engenhariazinha. Nada que esse pessoal não consiga fazer.
3) A relação entre isto e os altíssimos valores das obras e serviços contratados é direta e corresponde a um número percentual.
4) É obvio que a arrecadação oficiosa de Campos está irrigando outras campanhas.
5) Para oficializar o dinheiro basta entrega-lo em espécie a qualquer empresa sadia e pedir o cheque da contribuição em troca.

Já se sabe muito bem como encontrar falcatruas: basta seguir o dinheiro.
O caso é: ninguem (que tem meios para querer)quer isso.

Anônimo disse...

Já existe tecnologia para colocar chips RFID (em português: chips de identificação por rádio frequência) nas cédulas de dinheiro. São minúsculos sensores sem bateria que, estimulados por uma pequena corrente eletromagnética sem fio, emitem uma espécie de identificação única.
Imaginem os senhores poder saber em tempo real onde está cada nota de real ou dolar no mundo.
Os chips RFID estão ficando muito baratos a cada dia que passa. Já custam aproximadamente R$ 0,10 e se adotados nas cédulas, complicariam a vida dos portadores de maletas ou cuecas rechedas. Seria mais difícil transferir valores sem que as autoridades tivessem conhecimento.

Mas... pensando bem... são justamente as autoridades que trafegam com o dinheiro para escapar do controle.

tsc tsc tsc

Não daria certo :(

Anônimo disse...

Prof. Roberto.

Não estou entendendo o seguinte: a prefeita Rosinha, em propaganda de TV e no seu site de campanha está alegando que terminou a avenida Arthur Bernardes mas e o trecho entre a 28 de março e a Alberto Lamego ainda não está terminado. Propaganda enganosa ou não ?

natalia gomes disse...

O CAIXA 2, das empreiteiras e Que estariam trabalhando nas prefeItura, pagarIAM toda despesa da campanha, e ainda vai sobrar milhões de didin, para o pessOal da SITUAÇÃO.

Por isso, esse casal de CINQUENTÕES da Lapa, com quase 30 anos de política, briga como adolescente para se manterem,no comando da chefia do executivo de Campos.

natalia gomes disse...

O CAIXA 2, das empreiteiras e Que estariam trabalhando nas prefeItura, pagarIAM toda despesa da campanha, e ainda vai sobrar milhões de didin, para o pessOal da SITUAÇÃO.

Por isso, esse casal de CINQUENTÕES da Lapa, com quase 30 anos de política, briga como adolescente para se manterem,no comando da chefia do executivo de Campos.

xacal disse...

Roberto,

Este é o verdadeiro "desafio" das sociedades contemporâneas que se dizem viver e praticar regras democráticas em estados de direito.

Como diminuir(já que é pacífico que não há como eliminar)o assédio do poder financeiro sobre as instituições e atores(eleitos e eleitores)das disputas eleitorais, que como resultado produzirá o sequestro das agendas de políticas públicas e de administração por estes financiadores?

Nem se trata de apontar este ou aquele país ou cidade como exemplo a ser achincalhado.

Os EEUU foram a guerra "ao terror" para engordar o caixa do lobby-conservador-petrolífero, e agora sofrem re-financiando os bancos que levaram o país a quebradeira, mas que fortalecem o lobby para impedir a regulação, aniquilando a representatividade do presidente eleito.

Na Europa o "fatalismo de mercado" aprisiona a Democracia, impedindo que o poder popular das urnas mude o rumo de um modelo que individualiza lucros e socializa prejuízos.

A iniciativa DEVER SER do PODER POLÍTICO, onde partidos e sociedade devem "reaprender" a fazer política, elaborar pautas POLÍTICAS, enfrentar os humores do mercado e dos mega-investidores e seus "cantos de sereia".

O desafio é tornar a transformar a esfera PÚBLICA de debates em uma arena de defesa do interesse coletivo, quer seja na mídia, na execução ORÇAMENTÁRIA, no convívio cotidiano, nos pequenos detalhes e nos grandes temas.

Aqui, infelizmente, não há esperanças de que partidos se proponham a romper este ciclo...